Com simplicidade e entusiasmo Brasil encerra as paralímpiadas do Rio.
- Carlane Borges
- 19 de set. de 2016
- 3 min de leitura

Fogos de artificio no Maracanã. (Foto: reprodução. OIS/OIC/Simon Bruty)
Com muita elegância, destreza, diversidade, simplicidade e cultura o Brasil encerra o show que foi as paralimpíadas do Rio. Um grande acerto de inclusão foi usar como apresentadora da cerimonia mulher que interpreta a voz do google tradutor.
Um show que prometeu muita música cumpriu. Tivemos de clássicos a músicas muito atuais. A cantora Gabi Amarantos iniciou a contagem regressiva para a primeira queima de fogos, mas antes veio uma reprodução do Mestre Batman no telão, homem que viu capacidade onde todo mundo apontava dificuldade. Ele quem teve a ideia de criar uma orquestra para surdos e introduziu os "Batuqueiros do Silêncio" no Maracanã, tudo devidamente reproduzido na linguagem de libras.

Johnatha Bastos tocando guitarra com os pés. (Foto: reprodução. Thomas Lovelock for OIS/IOC.)
Numa festa que pedia música, fomos da guitarra elétrica baiana de Armandinho ao heavy metal de Andreas Kisser. Os amantes do instrumento que acreditava ser o ápice da apresentação se surpreendeu com o talento de Johnatha Bastos, o músico não possui os braços. Durante toda a apresentação dançarinos se exibiam do alto de suas belas cadeiras de rodas.
Seguindo as normas da cerimonia o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Sir Philip Craven foi apresentado e bandeira do Brasil hasteada. O hino nacional foi lindamente interpretado por Saulo Laucas, deficiente visual e autista. Logo após o atletas entraram com as bandeiras dos países que participaram do evento. A nossa bandeira entrou aos gritos de “Brasil, Brasil!” da torcida e nas mãos de Ricardinho, autor de um dos gols que deu medalha ao futebol de 5.
O show deu sequencia com ícones da música brasileira, interpretando diversos nomes. Nação Zumbi, com direito a protesto do guitarrista contra o presidente Michel Temer, Vanessa da Mata e Céu celebraram a fauna e flora do Brasil. Durante a apresentação da cantora Vanessa da Mata, a delegação brasileira usou da criatividade e deu inicio a um trenzinho que passeou pelo Maracanã.
Os atletas Tatyana McFadden e o refugiado sírio Ibrahim Al Hussein recebeu o prêmio Whang Youn Dai, pelos serviços prestados ao esporte. Logo após o cantor baiano Saulo Fernandes continuou com a famosa música de Bob Marley, "One Love".

Japoneses se apresentando. (Foto: reprodução. Rio 2016)
Chegou o momento do prefeito do Rio passar à bandeira paralímpica a governadora de Tóquio, sede dos próximos Jogos. Os japoneses fizeram uma apresentação amostra do que nos espera em 2020 e encerrou com a apresentação da modelo Gimico, do dançarino amputado Koichi Omae e da artista cega Akira Hiyama.
Houve também uma homenagem ao atleta iraniano que se acidentou numa prova de Ciclismo de Estrada ontem (17). O presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Carlos Arthur Nuzman lamentou o ocorrido e agradeceu pela festa que o Brasil promoveu. Teve também declaração de agradecimento e o pronunciamento do presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Sir Philip Craven que pediu um minuto de silêncio em respeito à Bahman Golbarnezhad.
A festa já se encaminhava para o final, mas ainda tinha muita música pela frente. Saulo e Gaby voltaram ao palco. Teve também a participação de DreamTeam do passinho e Nego do Borel, cantando juntos vários clássicos do funk carioca. Além do cantor britânico Calum Scott.

Ivete Sangalo fecha a cerimônia. (Foto: André Durão)
Os ventos anunciavam que era chegada a hora da pira se apagar. Antes, porém, Ivete Sangalo entrou com todo o seu charme e carisma para encerrar a cerimonia. Interpretando uma música antes, a segunda pedida foi “Paz” justamente nesse momento a pira foi apagada. Ivete ainda sacudiu a poeira por mais uns minutos, mas todos já se despediam do grande evento que foi as paralimpíadas do Rio-2016.
O Brasil se mostrou capaz de realizar uma festa como nenhum outro. Sem esbanjar, nem ser extravagante demais, acertamos em cheio como fazer a festa. Mostramos ao mundo nossa alegria e cordialidade. Até a próxima, amigos.
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